Um estudo inovador, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e coordenado pela professora Caroline Martins de Jesus, mestre em Saúde e Tecnologia, traz uma nova perspectiva no tratamento da leishmaniose, doença parasitária que é um grave problema de saúde pública. A pesquisa analisou o extrato e as frações das folhas da canela, demonstrando que a planta pode ser eficaz no combate ao parasita que causa a doença.
Realizada nos laboratórios da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sob a orientação do professor doutor Aramys Silva dos Reis, a pesquisa mostrou que a canela é capaz de matar tanto a forma extracelular quanto a intracelular do parasita, induzindo a apoptose, um processo de morte celular programada. Os compostos identificados, como o fitol, o benzoato de cinamil e o ácido hexadecanóico, são apontados como responsáveis pela ação antiparasitária.
“Essa descoberta é importante porque os tratamentos atuais para a leishmaniose podem ter efeitos colaterais severos. A canela, sendo uma planta natural, pode ser uma alternativa mais segura e eficaz”, destaca a professora Caroline Martins. O estudo também sugere que a planta, comum no Maranhão, pode ser utilizada como uma solução terapêutica mais acessível e sustentável.
Para o presidente da Fapema, Nordman Wall, “a pesquisa representa um avanço significativo no combate à leishmaniose e pode impactar positivamente a saúde da população maranhense.”
Os próximos passos incluem o aprofundamento dos estudos sobre o mecanismo de ação da canela e o desenvolvimento de um medicamento seguro para o tratamento da leishmaniose.
Mais informações estão disponíveis na Revista Inovação, no site fapema.br.