Os atletas maranhenses já estão concentrados em Paris para participar dos Jogos Paralímpicos de 2024, que acontecem de 28 de agosto a 11 de setembro. Este ano, o evento reunirá cerca de 4.400 atletas com deficiência, competindo em 22 modalidades. O Maranhão será representado por seis atletas, todos beneficiários do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
Nesta 17ª edição dos Jogos Paralímpicos, o Brasil terá sua maior delegação em competições internacionais, com 280 atletas, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta. Entre esses bolsistas, mais de 63% estão na categoria Bolsa Pódio, a mais alta do programa. Em 2023, o investimento nos atletas paralímpicos, por meio dos editais de dezembro de 2022 (Bolsa Pódio) e janeiro de 2023 (Bolsa Atleta), ultrapassou R$ 57 milhões.
Entre os maranhenses convocados está Jardiel Vieira Soares, natural de Pinheiro, que nasceu cego devido à toxoplasmose. Jardiel, que integra a categoria paralímpica do Bolsa Atleta, se destacou no futebol de cegos, conquistando ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago em 2023.
Outro destaque é André Martins Costa, que competirá na bocha pela classe BC4. André, beneficiário da categoria internacional do Bolsa Atleta, é o primeiro atleta revelado pelo projeto Escola Paralímpica de Esportes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) a disputar uma edição dos Jogos Paralímpicos.
No atletismo, os caxienses Bartolomeu da Silva Chaves e Rayane Soares da Silva, ambos da categoria Pódio do Bolsa Atleta, também estão na delegação. Bartolomeu, diagnosticado com deficiência intelectual, começou no atletismo na classe T20, sendo posteriormente reclassificado para a T37. Ele conquistou ouro nos 400m no Mundial de Kobe 2024 e bronze nos 400m no Mundial de Paris 2023. Rayane, que nasceu com microftalmia bilateral congênita, entrou para o esporte paralímpico em 2015 e já conquistou ouro nos 200m, prata nos 100m e bronze nos 400m no Mundial de Kobe 2024.
Balsas também estará representada nos Jogos com o atleta do tiro com arco Luciano Reinaldo Rezende e a jogadora de vôlei sentado Pamela Pereira. Luciano, diagnosticado com mielomeningocele, começou a praticar tiro com arco em 2009, em Brasília. Pamela, que teve a perna esquerda amputada após um acidente de moto em 2014, foi convocada para a seleção brasileira de vôlei sentado em 2016 e desde então faz parte da equipe.
O programa Bolsa Atleta, um dos maiores de patrocínio individual de atletas no mundo, foi criado em 2005 e, até junho de 2024, já investiu R$ 1,77 bilhão, beneficiando 37.595 atletas e concedendo 105 mil bolsas. A categoria Bolsa Pódio, destinada a atletas com chances de medalhas em eventos internacionais, prevê repasses de até R$ 16.629,00 mensais e é direcionada a aqueles posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial em suas modalidades.