Essa foi a primeira competição do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no Estado. Ela reuniu 78 atletas na Ufma, sendo 60 esportistas do atletismo e 18 da bocha. As provas realizadas na capital maranhense foram seletivas estaduais de três competições organizadas pela diretoria de Desenvolvimento Esportivo do CPB: Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias e Intercentros (competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, com idade de 7 a 10 anos).
Durante o meeting, Maria Luiza competiu nas três provas em que é campeã das escolares na classe F33 (para paralisados cerebrais). No arremesso de peso, ela marcou 2,13m e, no lançamento de dardo, atingiu 4,12m. No ano passado, ela havia obtido 1,81m e 3,21m, respectivamente. Já no lançamento de disco, o resultado foi ligeiramente inferior. Ela alcançou 4,73m no meeting, enquanto nas escolares 2023, a atleta obteve 4,81m.
“Gostei muito da minha prova. Competir é um grande desafio. Eu fico nervosa, mas fico feliz. Eu estou treinando bastante. Minha prova preferida é a do dardo, eu consigo jogar bem alto. Para as outras, ainda preciso ficar mais forte. Eu gosto muito de competir, de treinar, ficar com meus amigos do esporte”, disse a atleta.
Maria Luiza já foi atleta da bocha. Porém, em 2022, passou por uma avaliação para sua classificação funcional que detectou sua inegibilidade para a modalidade. Começou, então, a praticar o atletismo.
A mãe da jovem, Roseli Magalhães, contou que, no início, Maria Luiza estranhou a mudança. “No começo era difícil, ela não gostava muito do atletismo. O professor foi passando treinamentos de força, fazendo adaptações. Aí, quando veio o primeiro ouro, mudou tudo. Ela se apaixonou e passou a ser muito dedicada aos treinos”.
Roseli também elencou os benefícios trazidos pelo esporte para Maria Luiza. “Depois que ela começou no atletismo, mudou muita coisa. A qualidade de vida dela melhorou demais, assim como a alimentação, a interação com os amigos, a qualidade do sono”, avaliou.