META ANUNCIA MUDANÇAS POLÊMICAS EM POLÍTICAS DE CONTEÚDO

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou na última terça-feira (7), uma série de mudanças em suas políticas de moderação de conteúdo e uma nova postura diante da regulação digital em parceria com o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio foi feito por Mark Zuckerberg, CEO da empresa, em um vídeo de cinco minutos divulgado nas redes sociais.

Entre as alterações destacadas, a Meta decidiu encerrar seu programa de checagem de fatos, que verificava a veracidade de informações em circulação. O serviço, que existia desde 2016 e operava em mais de 115 países, será substituído por um sistema de “notas da comunidade”, permitindo que os próprios usuários incluam comentários em publicações.

Fim da checagem de fatos e mudanças em restrições

Outras mudanças incluem o fim das restrições a conteúdos relacionados a imigração e gênero. Segundo Zuckerberg, esses temas têm sido usados para “calar opiniões divergentes”. Ele afirmou que a empresa está comprometida em “voltar às raízes em torno da liberdade de expressão”.

Além disso, a Meta anunciou a promoção de conteúdos cívicos, incluindo informações políticas e ideológicas. De acordo com Zuckerberg, o feedback dos usuários mudou e agora há interesse em ver mais postagens sobre política nas redes.

Parceria com Trump e crítica à regulação global

Zuckerberg criticou fortemente a regulação digital em diferentes partes do mundo. Ele afirmou que a Europa está “institucionalizando a censura”, que países da América Latina possuem “tribunais secretos” para ordenar a remoção de conteúdos e que a China “censurou nossos aplicativos”.

A empresa também formalizou uma aliança com o governo de Trump para pressionar governos que buscam regular o ambiente digital. A parceria visa, segundo Zuckerberg, defender a liberdade de expressão e combater regulações que ele considera excessivas.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais. A única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA”, afirmou o dono da Meta, Mark Zuckerberg. 

Impactos globais

As mudanças anunciadas pela Meta sinalizam um novo posicionamento da empresa em um contexto de crescente polarização política. Com a remoção de barreiras para conteúdos controversos e a redução de iniciativas contra desinformação, especialistas alertam para os riscos de retrocessos no combate à desinformação e na proteção de direitos no ambiente digital.

A iniciativa também coloca a Meta no centro do debate sobre o papel das grandes empresas de tecnologia na promoção de uma internet segura e inclusiva.

Fonte: Agência Brasil, com edição.

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