Nesta quinta-feira (11), a cantora, instrumentista e compositora maranhense, radicada na França, Anna Torres, foi a convidada do Manhã Jovem Pan, para falar sobre sua apresentação muito especial do musical infantil de sua autoria “A Cigarra Autista”, que é dedicado à causa das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e será apresentado neste domingo (14), no Teatro Arthur Azevedo, Às 17h. Esse show é gratuito, mas será fechado para convidados muito especiais: Crianças e jovens com autismo e pessoas com deficiência, indicados por entidades e associações.
Anna Torres fez questão de voltar ao Maranhão para apresentar o espetáculo que já foi sucesso de público e crítica por onde passou, a exemplo de Paris e Rio de Janeiro. A cantora está animada também em poder cantar para pessoas com deficiência que estão se mobilizando em caravanas para virem de comunidades e diversas cidades maranhenses até a capital só para vivenciarem essa experiência que além de música de qualidade, promete deixar como legado uma mensagem de força e de empoderamento a todos os autistas, pessoas com deficiência em geral e seus familiares.
“Esse projeto é muito especial para mim e tem como força catalizadora e inspiração maior a minha amada filha Mariana, que é autista. Mas precisamos reforçar que essa causa não é só de algumas mães, mas sim de todos. Precisamos nos unir, para que tenhamos um mundo mais digno. Essa é a nossa proposta e mesmo com tantas dificuldades para realizar esse espetáculo, estou feliz em poder apresentá-lo no Teatro Arthur Azevedo para não apenas entreter, mas acima de tudo, deixar uma mensagem de força e de empoderamento aos autistas e pessoas com deficiência em geral. Estamos articulando a vinda de caravanas de entidades maranhenses do interior, e tudo isso só foi possível graças à sensibilidade do Grupo Potiguar, empresa maranhense que realmente prestigia a cultura e defende a causa da pessoa com deficiência na prática, e a quem sou muito grata, assim como ao Governo do Estado” destacou Anna Torres.
Com as participações especiais do cantor autista Vinícius Porto, das bailarinas Dandara e Taila, e de Regina Oliveira, percussionista e mãe de autista; o espetáculo visa sensibilizar as pessoas sobre o autismo e a necessária discussão das políticas públicas para os portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista), além de retratar a importância da preservação ambiental.
O musical conta a história da cigarra Sibelle, autista que no seu aniversário de 18 anos, resolve se aventurar, saindo de casa para realizar o sonho de ser uma cantora profissional. No entanto, antes de conseguir realizar seu sonho, a personagem pensará em desistir por causa das diversas dificuldades da vida, sem que sucumba, no entanto, aos seus anseios, graças à ajuda do amigo Macaco-Prego Reginaldo, que, por sua vez, possibilitou-a de conhecer a Formiga Fátima, que então à ajudará em seu intento de chegar ao sucesso; empresariando a Cigarra.
Essa é uma fábula também sobre a preservação do meio ambiente e de animais em extinção, da aceitação dos outros e do amor como forma de construção de uma sociedade melhor. Tudo isso tendo como foco maior a inclusão dos autistas nas relações humanas.
O mês de abril é marcado pela campanha nacional do Dia Mundial de Conscientização do Autismo (celebrado todo 2 de abril). Neste ano vem com o tema “Valorize as capacidades e respeite os limites!”, destacando a importância de reconhecer e respeitar as habilidades e as particularidades de pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA).